não há preço que compre minha lucidez
de ver e sentir
sentir-se sozinho quando só você percebe
tudo em uma avassaladora catarse.
transformo meu ócio em prazer
minha insanidade em lucidez
e me ocupo de tudo que me interessa
sem me ludibriar
acompanhando feliz, sem empolgar
tentar, criar, realizar, pirar.
"ó, visse, bichinho. agora, já, tão tarde, que usastes da tua bendita ignorância? já me incomodastes demais, que viva agora à mercê dos dias e do tempo com muito axé."
as vezes me esqueço disso, mas estou aqui pra me fazer lembrar futuramente:
não há preço que compre minha liberdade.