sexta-feira, 11 de março de 2011

Acordei com o pé direito (só canhotos entendem)

Hoje acordei agitada. A chuva se pronunciava nos céus em nuvens brancas e cinzas (e talvez mais cores, para os esquimós), mas várias partes do céu estavam azuis, então pensei que não precisaria levar meu guarda-chuva. Mesmo sabendo que poderia me arrepender disso posteriormente.
Fui para a sala enquanto me arrumava e vi que havia um último cigarro num maço de hollywood azul. Como não era meu, pensei que não deveria pegar o último blá blá blá e todos aqueles rituais do universo mítico de quem consome bastonetes nicotinédicos fumegantes.
Ou senão "pregos".
Cigarros são pregos.
Uma vez ouvi essa história. Um português conhecido de um amigo meu dizia isso quando ia fumar. "Cada cigarro é um prego pro meu caixão"
Deixei o maço bem ali, em cima do sofá, intacto. Mesmo sabendo que poderia me arrepender disso posteriormente.
Terminei de me arrumar e pensei "não vai dar tempo de tomar café agora".
Mesmo sabendo que poderia me arrepender disso posteriormente.
Esperei(mesmo sabendo...) e quando cheguei ao meu destino, o céu caiu. "Tear(rain) drops keep falling on my head..."
A água chuva cobriu os meus braços numa fina película molhada. Não gosto. Sequei. Depois de perceber que quase tudo caiu junto com o céu, inclusive meu ânimo, meu humor e minha paciência, cheguei ao trabalho. Ar condicionado gelado.

Ilhada pela chuva, pelo frio e pelo meu compromisso, pensei alto:
- Eu devia ter trazido meu guarda-chuva.
- Eu devia ter tomado café.
- Eu não devia ter deixado aquele último cigarro.

- Você vai pegar uma gripe, moça! - Disse a faxineira que estendeu um pano para eu limpar meus pés.

- Vou mesmo. Sem dúvidas.

Hoje eu amanheci errado.

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